quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Dia de Libermann, 02 de Fevereiro

No passado dia 1 de Fevereiro, na paroquia de El Pujal, realizou-se o momento evocativo do aniversário da morte do nosso fundador Pe. Francisco Libermann. Ás sete da tarde, vindos das quarto paroquias que estão ao cuidado pastoral, a comunidade espiritana da huasteca celebrou a morte do nosso fundador. Houve a participação dos paroquianos de El Pujal. No fim deste momento evocativo, houve um convívio fraternal...

«Só isto é necessário: comportai-vos em comunidade de um modo digno do Evangelho de Cristo, para que [...] ouça dizer isto de vós: que permaneceis firmes num só espírito, lutando juntos, numa só alma, pela fé no Evangelho» Fl. 1,27

Programa de rádio “Todos juntos”

Todas as quarta-feiras à tarde, Pe. Victor, as Sras. Rigel e Lizzy e eu, dirigimo-nos para a estação de Radio XCEV – Valles, para gravar o programa semanal da Diocese de Cd. Valles. O programa chama-se “Todos Juntos”, e é emitido por esta radio cada sábado, à hora do almoço. Já dizemos entre nós: cá vamos para mais um show a 4 às 4... Este programa surgiu como resposta ao Plano Diocesano de Pastoral que pedia uma maior comunhão entre as diversas comissões pastorais. Há cinco que nasceu este plano. Em Junho de 2006, na reunião de programação pastoral, criou-se a Comissão Diocesana de Pastoral de Comunicação, foi nesta reunião que fiquei designado a esta comissão.
Numa primeira etapa, criamos o jornal bimestral, “O mensageiro”, que tem uma tiragem de 5000 exemplares. São 4 folhas tamanho A3, onde se cria uma rede de comunicação: notícias de paroquias, de movimentos, de pequenos grupos diocesanos... enfim, foi o primeiro meio de comunicação que surgiu... hoje ainda continua... esperamos que mais anos seguirá sendo o elo de ligação entre paroquias e comunidades...

Regressando ao nosso programa radiofónico, este surgiu em Janeiro de 2007, com o total apoio da Sra. Galdis, directora da Radio XCEV. Já cumprimos um ano de vida e de emissão... Mas ainda vamos na fase experimental pois os conhecimentos técnicos são baixos... Todas as segunda-feiras, elaboramos o rascunho do programa, depois passamos à etapa de verificar a sua actualidade e elaboramos o guião, uma vez que será gravado e posteriormente editado.

Então, às quarta-feiras pelas 4.30 horas, gravámos um programa de 30 minutos, finalizando com um breve momento informativo acerca da vida da Diocese: reuniões, encontros, avisos ou outros...
E assim, vamos unindo pessoas e comunidades...

"
O que existia desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplámos e as nossas mãos tocaram relativamente ao Verbo da Vida, o que nós vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também vós estejais em comunhão connosco. E nós estamos em comunhão com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. Escrevemo-vos isto para que a nossa alegria seja completa." 1Jo. 1,1.3-4

Soprar as velas...

Aqui, no México há um costume bem engraçado...
Sempre que se festeja o aniversário de alguém, há sempre a mordida do bolo por parte do aniversariante...
Claro que no momento que se dá a mordida ao bolo há sempre uma mão amiga que, sorrateiramente, empurra...
Este é o método mexicano de provar os bolos... ainda se ganha uma pintura grátis no nariz, assim cheira-se empiricamente o dito bolo...
Quando celebrei o meu aniversário, também tive que, empiricamente, cheirar e provar o bolo... estava delicioso e depressa desapareceu... não pelo nariz...

Fiesta a la mexicana...

No dia 30 de Janeiro, à noite, depois de termos gravado o programa de Radio, como já é de praxe, Pe. Victor (mexicano), Pe. Suavek e eu, fomos para a Igreja catedral de Cd. Valles para concelebrar na missa das oito da noite. Após esta Santa Missa, dirigimo-nos à casa da Sra. Lizzy (familia amiga e colaboradora na Comissão de pastoral da comunicação) para celebrar entre família o dom da vida que Deus me concedeu neste dia.

«Vede como é bom e agradável que os irmãos vivam unidos! É como óleo perfumado derramado sobre a cabeça, a escorrer pela barba, a barba de Aarão, a escorrer até à orla das suas vestes. É como o orvalho do monte Hermon, que escorre sobre as montanhas de Sião. É ali que o Senhor dá a sua bênção, a vida para sempre». Sl. 133

As "mañanitas" ao Padrecito

Eram mais ou menos as 8.30 horas da noite do dia 29 de Janeiro, quando o Suavek e eu chegámos do nosso passeio higiénico. Em tom de brincadeira, enquanto eu preparava um chá, ele perguntou-me à queima roupa: “A que horas vais dormir? É que estou a ver-te muito cansado..."
Tomámos o nosso chá e o Suavek disse-me: "Olha lá, tenho de ir a Tanlajás... Regresso em dez minutos."
Enquanto ele se foi, vi um pouco das noticias de Portugal, através da RTP-Internacional, e como me sentia cansado, fui dormir...
Pouco antes da meia noite, ouvi uns passos, um afinar de viola, e qual não é a minha surpresa: O Suavek chegou com duas dezenas de pessoas amigas para me visitar e cantar os parabéns a você...
Claro que houve festa, não rija, por que o dia seguinte era dia de trabalho, mas houve festa e alegria...
Assim se celebra o aniversario cá por estas bandas...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Dia 4: 25 de Janeiro de 2008

Às seis da manhã, ouvi uns latidos junto da minha janela. Não podia acreditar no que ouvia e via: o tal famoso “Tanque” estava a lamber a minha janela... Não sei com que intenções dava umas lambidelas... penso que foi a maneira canina de dizer-me “Bom dia, Senhor Padre! Aqui estou eu o Tanque a vigiar...
Bom, depois desta interrupção, agarrei novamente o travesseiro
e aproveitei a ultima meia hora que me restava... dormi como um justo... e novamente às sete e meia, saía, de campainha na mão, a despertar os missionários para mais um dia de retiro...
Às oito da manhã, rezámos a oração de laudes, e neste dia celebrámos o grande apostolo São Paulo... estamos no seu ano jubilar!

Penso que foi uma óptima maneira de começar o dia, olhando para o exemplo de fé deste grande homem do Evangelho e também, por que não, uma forma ideal de terminar um retiro para missionários... com chave de ouro?...
Às dez da manhã, como foi habitual durante esta semana, tivemos o nosso encontro de reflexão. Depois de um momento de reflexão pessoal, tivemos a oportunidade de celebrar juntos a missa de encerramento deste retiro anual. Esta contou com a renovação dos votos de Jesus Gabriel, que está no terceiro ano de Teologia, e de Baltazar, que se encontra no último ano de Teologia.
No fim desta celebração, houve o almoço fraterno de despedida do retiro. Poucos minutos antes do início deste, o jovem Lupio, que se encontra em experiência missionária em Tefé, Amazónia-Brasil, conseguiu chegar depois de uma manhã de seca na embaixada do Brasil por causa dos papeis para novamente ingressar neste país... é caso para dizer: “eh pá! Só papel, cara!!! Deixa de ser moleque!!!”
Por volta das 15:30, no carro do amigo Pe. Miguel, pároco em Monte Carmelo, paroquia do Distrito Federal que recebeu de braços abertos os espiritanos no ano 2003, quando abrimos a nossa primeira casa na capital mexicana. E assim, deixámos para trás a casa das irmãs religiosa da Santa Cruz que foi o nosso ninho por uma semana e rumámos ao aeroporto de Toluca para daí voar à cidade de Tampico. Seriam uns 45 minutos de viagem para depois realizar mais uma jornada nocturna para San Antonio....
Por volta das 23:00 deste mesmo dia, eu e Suawek, entrámos na nossa humilde casa de San Antonio cansados e um pouco esgotados pelas horas da viagem, mas cheios de fé e entusiasmo missionários.

Caminhando ao longo do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes: «Vinde comigo e Eu farei de vós pescadores de homens.» E eles deixaram as redes imediatamente e seguiram-no. Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, os quais, com seu pai, Zebedeu, consertavam as redes, dentro do barco. Chamou-os, e eles, deixando no mesmo instante o barco e o pai, seguiram-no. Jesus e a multidão Depois, começou a percorrer toda a Galileia, ensinando nas sinagogas, proclamando o Evangelho do Reino e curando entre o povo todas as doenças e enfermidades”. Mt, 4,12-23

Dia 3: 24 de Janeiro de 2008

Como de costume, neste retiro, às sete e meia da manhã, de pijama e chinelos, com a cara ainda por lavar, em procissão pelo corredor que dá acesso aos quartos, fui tocando a campainha para o despertar. Ninguém saiu ao corredor... Porque será?
Meia hora depois, na capela, todos dávamos início a mais um dia de retiro, cantando o hino da oração da manhã.
Às dez da manhã, com o Pe. Agostinho, reflectimos sobre a Oração do Missionário segundo a perspectiva de Libermann. Encantou-me que, no fim desta exposição, houve um tempo prolongado de partilha de experiência entre nós, sobre as nossas dificuldades, sobre os nossos medos, bem como, as nossas alegrias e encontros na oração comunitária e pessoal.
À uma da tarde, celebrámos a Santa Missa. Hoje, tocou-me a mim a presidência dessa Missa.

Às duas da tarde, o sol estava verdadeiramente quente para esta altura do ano. Almoçámos e, como o sol convidava a “fazer o quimo e quilo”, muito obediente, fui sestar..., isto é, fazer a siesta a la mexicana!!!

Às quatro da tarde, tivemos a reflexão comunitária, conduzida pela nosso pregador de serviço, Pe. Agostinho. Abordámos o tema da União Prática (RVE, nº5 e 88).

Neste dia, tivemos a nossa celebração de reconciliação comunitária. Ao fim desta, jantámos.
E assim mais um dia terminou...

«
Continuando o seu caminho, Jesus entrou numa aldeia. E uma mulher, de nome Marta, recebeu-o em sua casa. Tinha ela uma irmã, chamada Maria, a qual, sentada aos pés do Senhor, escutava a sua palavra. Marta, porém, andava atarefada com muitos serviços; e, aproximando-se, disse: "Senhor, não te preocupa que a minha irmã me deixe sozinha a servir? Diz-lhe, pois, que me venha ajudar". O Senhor respondeu-lhe: "Marta, Marta, andas inquieta e perturbada com muitas coisas; mas uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada".» Lc 10,8-42